Finalmente o BCP tem um presidente e o povo português respira aliviado. Desde Gabriela, a famosa telenovela brasileira, que o povo português não estava tão expectante e ansioso pelo final da história. Não me falem da rapariga pobre que se casa com o rapaz rico nem do comunista que se torna padre franciscano. Em Portugal não precisamos desses lugares comuns para fazermos uma história de amor, ódio e dinheiro. Um banco da Opus Dei que, inesperadamente se torna ateu e socialista?! Isto sim, é uma história. Não falta sequer aquele herói que salva milhares de empresas da falência. Temos o vilão que, presidente de um Banco muito grande, leva para a tumba o segredo do filho bastardo. Também não falta o rapaz que, de humilde empregado de balcão, chega a ministro e, mais importante, a favorito de primeiro-ministro e que, por dever, deixa um trabalho altamente remunerado num banco do Estado, para se aventurar noutro, ainda mais bem remunerado, que, pasmem-se, é um banco privado! Horror! Sim, ele troca a paz e o amor dos mais pobres pela incerteza da paixão, talvez casual mas intensa, pelos mais ricos. A delicadeza da narrativa portuguesa não nos mostra cenas de sexo. Mas sabemos que deve haver uma Soraia algures entre as caixas fortes, os balcões das sucursais e a Alfândega do Porto. BCP! BCP! Grita a multidão, lembrando ironicamente os comunistas constipados. Sim, o mundo pode ter tido o seu Código Da Vinci – mas nós, nós temos o BCP Millenium.
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Textos de Carlos Quevedo lidos diariamente pelo actor Vitor Emanuel na Antena Um, antes das sete da tarde.
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