Portugueses, mais um esforço! O Natal já passou, mais cinco dias e tudo voltará à normalidade. Eu bem sei que o espírito natalício é muito giro. Mas digam lá se não é um pesadelo? Todas as pessoas foram embora. E aquelas que ficaram a trabalhar, não trabalham porque é sabido que durante a época natalícia não se pode trabalhar porque precisamos das pessoas que se foram embora. E, ainda por cima, tínhamos muito que fazer com as compras, os presentes, reencaminhar os SMS. Tenho os dedos que nem os sinto. A propósito, quem é que escreve essas piadolas? Quem é o cromo que leva este tempo todo a fazer árvores de natal com símbolos de pontuação, arrobas, vírgula, aspas, pontos? Quem é que tem tempo para isso? Essas pessoas não têm ao menos de fazer de conta que trabalham? É verdade que dão jeito. Poderá ser preguiçoso da nossa parte. Mas era muito pior quando tínhamos de escrever postais e tentávamos não escrever dois iguais. Isto não faz com que goste de receber sms. Mas enviar dá jeito, lá isso, dá. E as pessoas casadas que têm amantes? Como é que fazem nesta quadra natalícia? Poderá haver mais stress romântico do que nesta época em que não há tempo para nada?
(ela): Tu vais estar com a tua família e eu vou passar a noite sozinha…
(ele): O que é que estás para aí a dizer? Tu também vais passar a consoada com o teu marido e os teus filhos!
(ela): Sim, mas não é a mesma coisa…
(ele): GRRRRRRR…
Já para não falar dos presentes. Ninguém aprecia o que damos. Está bem, não gastamos muito por que também não temos muito para gastar. Mas e os outros? O sovina do meu cunhado da construção civil que faz rotundas em tudo quanto é cruzamento neste país e ganha num dia o mesmo que eu num ano inteiro e ofereceu-me uma gravata! Será que o gajo nem sequer me quer humilhar? Uma tia minha insistia em dar-me a factura com a desculpa do «podes trocar, podes trocar» só para que soubéssemos quanto tinha custado o presente. Que, diga-se de passagem, não era tanto como ela julgava. E o que comemos nesta época? Tem de ser sempre cozido, caldeirada, rodízio, bacalhau e feijoada? Os almoços com os colegas, os jantares com os clientes, os almoços com os amigos que fazem parte do grupo que se exilou antes do 25. O 25 de Dezembro, pois claro… Esses felizardos! Mas já falta pouco. Só mais cinco dias, contando também com a futura ressaca do dia 1 de Janeiro. Ah! Normalidade! Saudades de ti!
(ela): Tu vais estar com a tua família e eu vou passar a noite sozinha…
(ele): O que é que estás para aí a dizer? Tu também vais passar a consoada com o teu marido e os teus filhos!
(ela): Sim, mas não é a mesma coisa…
(ele): GRRRRRRR…
Já para não falar dos presentes. Ninguém aprecia o que damos. Está bem, não gastamos muito por que também não temos muito para gastar. Mas e os outros? O sovina do meu cunhado da construção civil que faz rotundas em tudo quanto é cruzamento neste país e ganha num dia o mesmo que eu num ano inteiro e ofereceu-me uma gravata! Será que o gajo nem sequer me quer humilhar? Uma tia minha insistia em dar-me a factura com a desculpa do «podes trocar, podes trocar» só para que soubéssemos quanto tinha custado o presente. Que, diga-se de passagem, não era tanto como ela julgava. E o que comemos nesta época? Tem de ser sempre cozido, caldeirada, rodízio, bacalhau e feijoada? Os almoços com os colegas, os jantares com os clientes, os almoços com os amigos que fazem parte do grupo que se exilou antes do 25. O 25 de Dezembro, pois claro… Esses felizardos! Mas já falta pouco. Só mais cinco dias, contando também com a futura ressaca do dia 1 de Janeiro. Ah! Normalidade! Saudades de ti!
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